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Manuel Dias de Oliveira e a pintura oficial da Corte no Brasil

Anna Maria Monteiro de Carvalho
2010
14 páginas

Em 1800, o pintor fluminense Manuel Dias de Oliveira (1763-1837) foi nomeado professor régio da Escola Pública de Desenho e Gravura pelo príncipe regente D. João, que oficializava assim o ensino artístico no Brasil.

Este trabalho trata de sua obra em seu aspecto mais relevante – a pintura oficial – uma vez que ele foi um dos artistas prestigiados pela Família Real durante os treze anos em que ela permaneceu nos trópicos (1808 a 1821).

Abordando o fenômeno artístico do ponto de vista da História da Arte e da Cultura, o trabalho detém-se, em particular, nos gêneros pictóricos “Retrato” e “Alegoria”, privilegiados pelo artista e que favoreciam a encomenda pública, através da análise de três seus de quadros: “Retrato de D. João e D. Carlota Joaquina” (1815); “Alegoria de Nossa Senhora da Conceição” (1818); “Alegoria do Nascimento de D. Maria da Glória” (1819).

Estes exemplares mostram igualmente as influências dos novos valores estéticos gerados pelo ideário do século XVIII em seu período de transição para o XIX – o Rococó e o Neoclássico – vivenciadas pelo artista em seu aprendizado em Portugal e em Roma, e o seu entendimento possível desses conceitos de “modernidade” no âmbito cultural luso-brasileiro.