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A ‘revolução’ silenciosa na administração da Santa Casa da Misericórdia do Porto – o papel do provedor Lopes Branco

Fernanda Paula Maia
2017
17 páginas

A chegada de António Roberto de Oliveira Lopes Branco ao mais alto cargo da gestão da Santa Casa da Misericórdia do Porto, bem como a circunstância de aí ter permanecido por sete mandatos seguidos, entre 1854 e 1861, acrescido do facto de a partir de inícios de 1860 ele se ter ausentado da cidade do Porto, em virtude de, entretanto, ter sido eleito deputado da Câmara Baixa, cedo nos fez questionar sobre qual a verdadeira razão para este homem – um parlamentar, ex-ministro e maçom, ainda por cima originário da capital – ter ascendido e permanecido tanto tempo à frente desta instituição local que, já então, se destacava pela sua riqueza e importância social.
Ao escolhê-lo, a maioria letrada sabia com o que podia contar, pois tratava-se de um homem bem preparado para a gestão financeira de uma instituição com um orçamento significativo e cada vez mais relevante em virtude do crescente volume de doações, preocupado com o equilíbrio das contas, mas também, como se haveria de verificar, com o reforço dos mecanismos fiscalizadores das despesas e das receitas da Santa Casa e com a racionalização de recursos financeiros.


Palavras-chave: António Roberto de Oliveira Lopes Branco; Misericórdia do Porto; provedor; gestão; deputado