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Memória a curto-prazo em idosos em lar e em centro de dia

Helena Espirito-Santo
4 páginas

O processo de envelhecimento caracteriza-se por alterações, incluindo a degradação em diferentes funções cognitivas entre elas a memória. Aliás, a centralidade do prejuízo/declínio da memória com o envelhecimento é rapidamente verificada se considerarmos que entre os défices cognitivos referidos num dos critérios de diagnóstico de demência do Manual Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR; American Psychiatric Association [APA], 1994) é precisamente o défice/prejuízo da memória o primeiro a ser referenciado, “podendo ser acompanhado por pelo menos uma das seguintes perturbações cognitivas: afasia, apraxia, agnosia ou perturbação/prejuízo nas funções executivas” (DSM-IV-TR, p. 135). Segundo Craik (1994), apontando também para a centralidade da memória, os idosos referem sobretudo dificuldades em recordar-se de nomes em encontrar palavras (tarefas que faziam facilmente na sua adolescência e início da adultez) e esquecimentos (particularmente de tarefas que haviam planeado executar momentos antes).