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Mobiliário Urbano de Fundição Artística em Lisboa Oitocentista

Sílvia Barradas
2017
60 páginas

Durante a segunda metade do século XIX tornou-se evidente o predomínio da influência francesa no desenho e forma urbana da cidade de Lisboa oitocentista, onde se incluía o Mobiliário Urbano de Fundição Artística. Para verificar essa influência foi necessário analisar as estruturas legais e responsáveis que, na Repartição Técnica da Câmara Municipal de Lisboa, tiveram preponderância no desenvolvimento urbanístico e consequente materialização do mobiliário urbano em ferro fundido na panorâmica global da cidade. Sob o ponto de vista normativo e urbanístico, verificámos que o projecto de Haussmann para Paris, em 1867, teve um grande predomínio no exercício das funções dos membros da Repartição Técnica como também ajudou a acelerar o aparecimento das primeiras tipologias de mobiliário urbano em ferro fundido na cidade de Lisboa. Estas vinham dar resposta às necessidades emergentes das novas políticas de saneamento e de saúde pública seguindo as recentes tendências de embelezamento urbano oitocentista francês. Com o início dos primeiros serviços públicos e, principalmente, com o fornecimento de água potável, foram aparecendo gradualmente novas tipologias de mobiliário urbano, tais como bancos, urinóis, quiosques, colunas e painéis anunciadores, entre outros.
Este artigo pretende inventariar as tipologias de mobiliário urbano em ferro fundido que foram aparecendo na Lisboa oitocentista e que estiveram sob influência francesa.


Palavras-chave: Fonte d’Art francesa; Les Promenades de Paris ; Mobiliário Urbano de Fundição; Repartição Técnica da Câmara Municipal de Lisboa.