Integração da Imigração Paquistanesa em Portugal

À semelhança do que tem caracterizado globalmente a imigração rumo à Europa, com a especial incidência de uma nova presença muçulmana, Portugal também tem vindo a integrar na sua sociedade, elementos provenientes de sociedades de matriz islâmica e, visto isto, desde logo surgiu interesse em abordar um caso específico que permitisse particularizar a experiência de inclusão de uma comunidade maioritariamente islâmica no nosso país. Seleccionando a comunidade paquistanesa como objecto de estudo, em virtude da sua relevância entre o conjunto de nacionalidades árabes que imigram para Portugal, foram delineados como objectivos: traçar a evolução desse fluxo migratório nos últimos anos; caracterizar estes imigrantes a nível de faixas etárias, sexo, habilitações académicas; e extrair ilações quanto a possibilidades profissionais, equacionando sectores favoráveis da economia portuguesa e as tendências laborais dos imigrantes em causa. Não perdendo de vista as homogeneidades que se verificam quando observada a comunidade muçulmana no seu todo, são aqui sintetizadas as particularidades na distribuição espacial e as formas de integração e fixação familiar, profissional e religiosa, pondo a descoberto o papel da religião muçulmana como factor de coesão. O conhecimento concreto dos traços distintivos do nosso objecto de estudo foi complementado por outros aspectos focados como a importância dos paquistaneses repercutida nos meios de comunicação, a inexistência de tensões relevantes ou incompatibilidades culturais e a natureza de relações que estabelecem para viabilizar a sua sustentabilidade no país receptor.

Palavras-chave: imigração, integração, islamismo, Paquistão, minorias.