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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Ponte Escura (Lordelo do Ouro)
1839-05-01
Ofício do Regedor da Paróquia de Lordelo, remetendo a representação dos cidadãos da mesma freguesia que pedem a demolição da Ponte Escura, situada na mesma freguesia. Deliberou-se autorizar o vereador Galvão para combinar com o diretor do Trem a fim de se levar a efeito a demolição, uma vez que era de interesse público.
1839-07-20
Ofício do administrador da calcetaria acerca das escadas da Capela da Nossa Senhora da Esperança.
¶ Deliberou-se oficiar-se ao diretor Interino do Trem para se proceder à demolição da denominada Ponte Escura, na freguesia de Lordelo.
¶ Oficiou-se a Manuel da Silva Oliveira, como procurador de António da Silva Monteiro, para mandar tapar uns portais de uma casa demolida na freguesia de Lordelo, que servia de esconderijo a ladrões e malfeitores.
1839-07-24
Ofício do diretor Interino do Trem do Ouro, participando anuir à demolição da Ponte Escura em Lordelo do Ouro, que lhe havia sido solicitada em ofício de 22 do corrente. Por esta ocasião, deliberou a Câmara encarregar o vereador José Baptista Pereira Galvão, fiscal substituto, para mandar demolir a referida ponte, atendendo à requisição do povo de Lordelo e por assim o exigir a segurança pública e nisso consentir o diretor do Trem.
¶ Deliberou-se restringir a feira de S. Bento, reduzindo a uma rua só de vendedores, para o que se oficiou ao vereador encarregado das posturas do Bairro de Santa Catarina.
¶ Autorizou-se a comissão encarregada do rompimento da Rua do Pombal para tratar com os donos dos prédios que tivessem de ser cortados, sobre o preço definitivo da expropriação.
1839-08-03
Ofício do Regedor de Paróquia de Lordelo, solicitando, em nome da Junta da mesma freguesia, o corte de uma esquina próximo ao sítio em que se demoliu a denominada Ponte Escura, na estrada do Ouro. Deliberou-se responder que as circunstâncias do cofre municipal não permitiam a feitura da obra que requisitavam.
¶ Deliberou-se oficiar-se a António Elias Urpia, para promover uma subscrição para a abertura da Rua do Pombal.
1855-09-27
Do juiz eleito da Freguesia da Sé remetendo a certidão da intimação a que mandara proceder em virtude do ofício que lhe fora dirigido em data de 20 do corrente.
¶ Do reitor da freguesia de Lordelo do Ouro ponderando a necessidade de quanto antes se levantar o muro de vedação do terreno do Passal para não desabar com o Inverno sobre a estrada a terra que lhe fica sobranceira.
¶ Oficiou à direção da Companhia Portuense de Iluminação a Gás fazendo-lhe saber que sendo geral o clamor contra o mau estado das ruas, resultante das obras da canalização do gás, era mester que a mesma direção mandasse proceder imediatamente ao reparo das ruas ou resolver se se prontificava a satisfazer a despesa que a Câmara fizesse com esses reparos e à vista das folhas que se lhe apresentassem, procurando poupar a Câmara na adoção dos meios convenientes para fazer cessar o clamor que geralmente se tem manifestado.
¶ Mandou-se fazer aviso ao procurador da Câmara em Lisboa para ativar a expedição do requerimento para a expropriação de parte do terreno nacional no sítio do Ouro para alargamento do caminho público em Lordelo no local chamado a Ponte Escura.
¶ Guimarães e Silva expôs à Câmara que em virtude da autorização verbal que recebera, havia ajustado com Joaquim José Maia do Amaral a obra da ponte de Vilar segundo os planos já adotados pela quantia de 400mil réis debaixo de certas condições que apresentou, e por isso resolvesse a Câmara se o dito ajuste devia ser definitivamente fechado e efetuado o contrato com o dito empreiteiro. Foi aceite.
1856-02-07
Do Delegado do Tesouro remetendo a cópia autêntica do decreto de 12 de dezembro pelo qual é concedida à Câmara uma parte do terreno no sítio da ponte escura em Lordelo do Ouro em conformidade da planta apresentada por esta Câmara e bem assim a cópia da portaria que acompanhou o mesmo decreto na qual lhe era ordenado que fiscalizasse o exato cumprimento do mesmo decreto; deliberou-se que tendo de proceder-se a vistoria na freguesia de S. João da Foz no dia 11 do corrente se passassem a fazer averiguações neste mesmo dia no sítio da Ponte Escura para o complemente da obra da estrada, para o que se convidasse o dito Delegado do Tesouro.
¶ Autorizou-se o vereador fiscal para fazer remover os entulhos e areias amontoadas desde a ponte até Miragaia por ocasião da última cheia do rio, entendendo-se com o Intendente de Marinha acerca do local onde deviam ser lançados.
¶ Deliberou-se dirigir-se um ofício ao comandante geral da Guarda Municipal a pedir-lhe que pelas patrulhas rondantes fosse examinado o estado da iluminação pública a azeite, dando elas parte diária no quartel das faltas que encontrarem e remetendo semanalmente a esta Câmara o resultado dessas participações, atendendo ao abuso praticado pelo arrematante e a ser muito diminuto o número de vigias para fiscalizar a dita iluminação.
1856-12-18
Do general comandante desta divisão militar remetendo a cópia do ofício do comando em chefe do exército relativo ao modo como deve fazer-se a indemnização de 11$760 ao rendeiro do terreno pertencente à Fazenda Nacional no lugar denominado a Ponte Escura, em Lordelo.
¶ Do administrador do 1.º Bairro participando o desabamento de um muro de um quintal no passeio das Fontainhas defronte da Rua do Miradouro, que estava obstruída com o entulho do dito quintal, achando-se também quase a demolirem-se umas casas na dita rua; o vice-presidente respondeu que a rua já estava desobstruída e que quanto à reedificação do muro do quintal dependia de um acordo com a sua dona.
¶ Do intendente da Marinha expondo que não obstante o declarado no ofício desta Câmara de 10 do corrente, continuavam os entulhos a que se referira no seu ofício de 9 a permanecer no mesmo local tendo alguns caído ao rio, e igualmente participava que de uma obra particular nas Fontainhas se deitavam entulhos nas escadas dos Guindais, os quais eram arrastados pelos enxurros para o rio, sobre o que pedia providências.
¶ Do Delegado do Tesouro neste distrito dando parte de lhe haver sido comunicado em ofício do Governo de 31 de março de 1855 que podia autorizar esta Câmara para mandar apear as paredes do edifício do extinto convento de S. Domingos do lado da Rua Ferreira Borges que pelo seu desaprumo ameaçavam ruína e desabamento, e como atualmente parecia que as ditas paredes ameaçavam risco iminente de desabarem, por isso pedia à Câmara ordenar o apeamento das ditas paredes tanto quanto se julgasse necessário para prevenir perigo, devendo os materiais conservarem-se à disposição do Governo; deliberou-se responder que a Câmara não tinha dúvida em mandar fazer a demolição mas à custa do Estado e por isso resolvesse ele se assim lhe convinha para depois se ordenar o apeamento das referidas paredes.
¶ Do regedor da freguesia da Vitória representando acerca das ruínas que se achavam pelas escadas da Vitória, bem como sobre o mau estado de uma casa mal construída e desamparada, e finalmente sobre umas ruínas que se achavam por detrás da igreja da Vitória e que serviam de couto a malvados; deliberou-se que se procedesse a vistoria, para o que se marcaria dia na próxima vereação.