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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Ribeira, Arco
1834-05-24
Tratou-se da festa do Corpus Christi, que não podia ser solene, não só por faltarem bandeiras, corporações e pessoas para assistirem, por estarem empregados no serviço da guerra, "mas porque a Câmara que servia no sempre memorável dia 9 de julho de 1832 se ausentou desta cidade levando consigo alguns ornamentos destinados à pompa de um ato tão solene pela grandeza do seu objeto (…)". Acordou-se, portanto, que seria celebrada dentro da Sé com a decência que for compatível com o estado extraordinário das cousas, celebrando-se uma solene missa, um sermão e no fim um Te Deum em ação de graças pelas últimas assinaladas vitórias conseguidas pelas invictas armas da Rainha". Tratou-se ainda outros assuntos relativos a esta comemoração.
¶ Expediu-se uma portaria ao Provedor Interino do Concelho, voltando a insistir-se na necessidade de desembaraçar as ruas da cidade, nomeadamente o Passeio dos Lóios e arredores e a Porta de Carros, lembrando-lhe as providências que hão de constar do registo da mesma portaria.
¶ Afixar-se-iam editais para a arrematação do aluguer do Arco da Ribeira "onde, em outro tempo, se fazia a cobrança da redízima do peixe".
1834-05-31
Oficiou-se ao juiz de Direito do Bairro de Santo Ovídio para que intimasse o depositário da casa n.º 15 e 16 da Rua de Belomonte, de Joaquim José de Sousa Pires, a apear parte da dita casa, por estar em "grande ruína", em prejuízo do público.
¶ A Câmara Municipal do Porto deu o lanço de 100$000 réis por ano para o aluguer do Arco da Ribeira, mas os interessados não o cobriram e abandonaram a praça. Ficou a arrematação adiada para outro dia, deliberando-se que a data seria anunciada ao público por meio de editais.
1834-08-09
Expediu-se portaria ao Provedor, para fazer arrematar em hasta pública a madeira dos arcos da Ribeira e Porta de Carros, barracão da Ribeira e panos que cobriam os mesmos arcos, bem como o aluguer do arco da Ribeira desde o futuro São Miguel até ao outro do ano seguinte.
1839-06-19
Ofício da Administração Geral, participando que o Conselho de Distrito autorizava a Câmara a vender o arco da Ribeira a Manuel José de Sousa Araújo, aplicando o produto da venda para a compra de uma morada de casas junto à Praça do Anjo.