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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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25 de Julho, Rua
1835-10-28
Carta do Prior e Mesários da Ordem da Trindade, pedindo a suspensão do acordo que mandava demolir um telheiro que se achava levantado no largo junto à igreja. Respondeu-se-lhe que não havia lugar a revogar a ordem.
¶ À Comissão de Recenseamento, respondeu-se que as grades para colocar as listas deviam existir na Igreja de Santo Ildefonso desde o ano passado.
¶ Por proposta do vereador Rocha Soares, foi definitivamente tomada em consideração a mudança de nomes de algumas ruas, apresentado e discutido há tempos pelo vereador Teixeira de Carvalho: "e sendo registada a proposta do vereador Magalhães Lima que requereu o adiamento deste objeto para quando estivessem presentes os vereadores Costa e Pereira, se resolveu que a Rua ou Largo do Olival se denominasse Largo dos Mártires da Pátria; a Praça da Feira do Pão, Praça dos Voluntários da Rainha; a do Mirante, do Coronel Pacheco; e a do Carvalhido, do Exército Libertador; que o campo de Santo Ovídio se chamasse Campo da Regeneração; e o da Torre da Marca, do Duque de Bragança; que a Rua de Santo Ovídio se chamasse Rua 16 de Maio; a do Reimão, desde o Jardim de S. Lázaro até o princípio da calçada que desce para a Campanhã, de 29 de Setembro; a da Boavista desde a Rua de Cedofeita para o poente, Rua 25 de Julho; a continuação da Rua do Bolhão desde a Capela das Almas, Rua de Fernandes Tomás; desde o Largo do Carvalhido até à Fonte de Cedofeita, Rua 9 de Julho; Rua Direita de Santo Ildefonso, desde o Largo do Poço das Patas até ao de Santo Ildefonso, Rua 23 de Julho; o postigo do Sol, Bateria do Postigo do Sol; o Terreiro da Alfândega, Bateria do Terreiro da Alfândega; Largo das Virtudes, Bateria das Virtudes; e o Largo da Vitória, Bateria da Vitória".
1856-01-17
Do conselheiro diretor das Obras Públicas do distrito remetendo o requerimento documentado de António José Antunes Braga e bem assim as cópias do ofício que lhe fora dirigido e a resposta por ele dada e finalmente a cópia da portaria do Ministério das Obras Públicas de 23 de janeiro do ano passado desejando ser informado sobre a ingerência que a Câmara quisera tomar neste negócio; deliberou-se que antes de responder a este ofício fosse consultado oficialmente o Delegado do Conselho de Saúde Pública se era ou não prejudicial à saúde pública o estabelecimento de um forno de cal no povoado.
¶ Deliberou-se que continuassem as obras das ruas Formosa, Cedofeita, aqueduto através do campo do Hospital, fazendo-se sustar a obra da Ponte de Vilar por não estar compreendida no orçamento geral, nem na relação das obras a fazer por efeito do empréstimo que a Câmara foi autorizada a contrair pelo Decreto de 24 de dezembro de 1852.
¶ Resolveu-se também que se suspendesse a obra das ruas 23 de Julho, Bonjardim e Campo da Regeneração até à Rua 27 de Janeiro, pagando-se ao empreiteiro da Rua 23 de Julho a obra feita pela verba do empréstimo e como começo desta obra, e pagando-se também ao empreiteiro das obras das ruas do Bonjardim e Campo da Regeneração a obra que ele tiver feito, repondo-se a Rua do Bonjardim no estado em que estava, para o que autorizou-se o vereador fiscal a fim de levar a efeito o ajuste com o empreiteiro para se repor a rua no seu antigo estado pelo preço de 66$000 réis que ele exigia e quanto ao Campo da Regeneração deliberou-se que continuasse o aqueduto e calçada até ao cunhal do quartel conforme se justar com o empreiteiro devendo para o efeito destas deliberações rescindirem os contratos feitos e assinados sobre as ditas obras, havendo acordo com os arrematantes.
1856-10-30
Ofício do governador civil em resposta ao de 16 do corrente sobre a renovação do arrendamento da casa da Quinta das Águas Férreas que tem servido de Hospital de Coléricos, declarando que convinha manter o dito Hospital preparado atenta a marcha que a cólera tem trazido de Lisboa para o norte e a proximidade em que se achava desta cidade, e portanto que se a Câmara não pudesse contratar a prorrogação do arrendamento da dita casa por menos de um ano, o efetuasse por este tempo, na inteligência de que o preço de arrendamento seria satisfeito pelas sobras das receitas destinadas a ocorrer às despesas do Hospital até onde chegassem, e que segundo a informação do Provedor da Santa Casa montavam a 247$355, das quais ainda tinha de deduzir-se a despesa da conservação do mesmo Hospital, e como elas não seriam suficientes para o pagamento do aluguer de um ano, a Câmara tinha a suprir o que faltasse, segundo os princípios até aqui seguidos.
¶ Ofício confidencial que no Hospital de Santo António tinham aparecido cinco casos de cólera sendo indispensável que a Câmara efetuasse sem demora a continuação do arrendamento do mesmo edifício como prevenira no seu anterior ofício.
¶ Do Presidente da Junta de Paróquia de Cedofeita ponderando que o Adro da igreja e os lados da parte norte e nascente se tem tornado intransitáveis, e por isso pedia que se removesse este inconveniente que era resultado da afluência das águas que da Rua 25 de Julho se encaminhavam para o adro e que por falta de travadouros deixavam de ser conduzidas para os canos; ficou tomado em consideração.
¶ Dos diretores da Companhia Portuense de Iluminação a Gás em resposta ao ofício de 28 do corrente expondo que não tinha sido por falta de recomendações feita aos empreiteiros que alguns desastres tinham acontecido, e que não obstante acharem-se quase concluídas as obras de empreitada e não se achar lugar algum que ofereça perigo, contudo tratariam de impor aos empreiteiros condições restritas para evitar qualquer precipício.