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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Allen, Leonor Carolina
1850-03-07
Do juiz eleito de Miragaia, participando que, pelas diligências que empregara, se conseguira a remoção das madeiras depositadas na praia daquela freguesia, concluindo por pedir instruções acerca do desembarque das ditas madeiras. Respondeu-se que as instruções se achavam consignadas no edital de 6 de setembro de 1843, do qual se remetia um exemplar.
¶ Do advogado Francisco Jerónimo da Silva, participando que, tendo a sua constituinte D. Leonor Carolina Allen, tido conhecimento da modificação feita pela Câmara à primitiva convenção relativa à compra do museu Allen, ela anuía àquela modificação, ficando a convenção reduzida aos termos constantes do papel que remetia por ela assinado. Dirigiu-se um ofício ao governador civil para ele submeter este negócio ao Conselho de Distrito a fim de a Câmara ser autorizada a concluir por escritura a compra do dito museu.
¶ Ofício do governador civil transmitindo por cópia a portaria do Ministério do Reino de 29 de janeiro último que ordena uma vistoria a respeito das barracas ultimamente construídas no Cais do Guindais, a qual devia ter lugar hoje.
¶ O vereador fiscal propôs que a Câmara vá em vistoria examinar a conveniência de se pedir a demolição do edifício das Carmelitas em que atualmente se acha o Correio e a Escola Normal, em frente da Praça dos Voluntários da Rainha, para ali se fazer um mercado de Farinhas e Cereais: foi aprovada a proposta por unanimidade.
1856-04-03
Ofício do governador civil declarando que em vista das ponderações feitas por esta Câmara em ofício de 15 de março sobre as apuradas circunstâncias do Cofre Municipal oficiara à mesa da Santa Casa da Misericórdia para que pelo saldo existente dos fundos destinados para o custeamento das despesas do Hospital provisório dos coléricos nas Águas Férreas fosse pago o trimestre do aluguer que se vencia no dia 31 de março ao que de bom grado se prestara a mesma mesa; e que quanto à conservação do Hospital referido bem como o dos convalescentes não podia deixar de ter lugar enquanto o conselho de facultativos os não julgar dispensáveis.
¶ Outro do mesmo em resposta ao de 27 de março participando que tomara em consideração o objeto dele acerca do prejuízo causado ao manancial de águas situado próximo à Rua da Duquesa de Bragança por uma fábrica de destilação de aguardente de figos e em consequência mandara proceder às diligências convenientes para fazer cessar os trabalhos da mencionada fábrica com as penas da lei enquanto o proprietário não obtivesse a devida licença.
¶ A comissão nomeada em vereação de 13 de março para entrar em transação com a viúva D. Leonor Carolina Allen sobre as pretensões que ela tinha com a Câmara deu conta de haver acordado com a mesma viúva proprietária das casas ao norte e sul da Rua da Restauração em receber ela como indemnização de prejuízos causados às ditas propriedades pelas obras públicas nas ruas da Restauração e Carrancas a quantia de 393$390 réis com que a referida proprietária se dava por satisfeita, sem direito a reclamação alguma futura acerca de prejuízos nos mencionados prédios e com a condição de ela fazer o rebaixe na testada de seus prédios referidos e construir passeios, tudo à sua custa.