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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Maia, Município
1835-05-02
A Câmara recebeu uma portaria da Prefeitura, remetendo por cópia a portaria do Ministério do Reino com data de 18 de abril, que acusava a receção da representação da Câmara, na qual se pedia a pronta evacuação do Hospital Militar do Colégio dos Meninos Órfãos, e suplicava em segundo lugar a doação do Convento dos Carmelitas e sua cerca para aumento do mesmo colégio, declarando que o primeiro dos referidos objetos em breve seria satisfeito com a conclusão das obras começadas em S. João Novo e que o segundo seria tomado em consideração em tempo oportuno.
¶ Leram-se quatro ofícios do Provedor do Concelho, em dois dos quais se acusava a receção de duas portarias e se participava que, em execução delas, o Provedor tinha feito demolir as barracas construídas debaixo dos arcos do Paredão das Virtudes e intimou António Maximiano da Rocha Leão para não tocar no encanamento público que passa pela propriedade que ele habita e leva água à fonte pública de S. João Novo; com os outros dois ofícios vinham por cópia duas circulares da Prefeitura, uma das quais dizia respeito às estradas públicas, cujo conserto se recomendava às Câmaras, e outra aos lançamentos das Décimas.
¶ A Câmara escreveu ao prefeito para que expedisse as ordens necessárias a fim de ser aproveitada, em benefício do Colégio dos Meninos Órfãos, uma parte do edifício principiado e não acabado junto ao mesmo colégio e que a ele é pertencente, para se poder alugar enquanto as obras daquele edifício não continuem.
¶ Escreveu-se à Câmara Municipal da Maia a fim de que ela impedisse que se extraísse pedra da pedreira junto ao Monte Pedral, por se achar destinada a fornecer os materiais necessários para a construção de um matadouro público naquele sítio.