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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Pilar, Serra
1834-10-22
O vereador Manuel Pereira Guimarães, tendo visto na "Crónica desta cidade" uma portaria "na qual faziam permanentes as fortificações da Serra do Pilar, e se declarava aquela posição elevada à categoria de Fortaleza", propôs que a Câmara fizesse uma representação ao Governo, em que lhe expusesse os graves inconvenientes que podiam resultar à cidade aquela medida, e que se lhe pedisse em consequência que se dignasse haver por bem abrir mão daquele projeto, e que "em vez de uma fortaleza se lhe pedisse pelo contrário um estabelecimento de educação, um asilo para militares inválidos ou para mendigos, no mesmo sítio em que se pretendia estabelecer a fortaleza". Sustentou esta proposta com várias observações, lembrando quantos inconvenientes podia acarretar de futuro o estabelecimento de uma fortaleza em cima de uma cidade comercial. Foi apoiada pelo vereador Bento de Ribeiro de Faria e, posta à votação, foi registada.
¶ Escreveu-se ao Provedor do Concelho, suscitando a execução das portarias que se lhe haviam expedido, a fim de serem limpas e desentulhadas as ruas e "ordenando-se-lhe que fizesse intimar os comissários e cabos dos respetivos bairros e secções para que, debaixo de sua própria responsabilidade, fizessem que as pessoas por cuja culpa as ruas se tornassem imundas as fizessem limpar à sua própria custa".
1847-06-16
Ofício do Governo Civil para que a Câmara expedisse as ordens necessárias a fim de que os ranchos dos calcetas que, até agora, têm sido empregados nos trabalhos de fortificação sejam novamente mandados continuar no mesmo trabalho, para se concluírem as fortificações na Serra do Pilar.
1858-07-17
O Governo Civil pergunta se a Câmara Municipal tem dinheiro para neste ano fazer as expropriações a José Maria de Magalhães e outros, para se fazer a praça ou alameda projetada no Monte de Santa Catarina.
¶ Do comandante da Divisão Militar, expressa-se a necessidade de regulamento mais firme quanto ao sistema de toque de incêndios, para evitar desleixos, e reparação das cordas do Postigo do Sol, e da Vitória, e a chave do da Serra do Pilar, que não foi consertada porque pertencia a outro concelho.
¶ Do comandante da Companhia de Incêndios aprovando a ideia de colocar três novas bombas, nas freguesias periféricas de Paranhos, Lordelo e Foz. Propõe instalar uma caixa na Torre da Marca, na esquina do quartel, que também deveria ter bomba, e outra caixa em Miragaia. A Câmara Municipal acabou por decidir não criar um toque para significar "incêndio extinto" para evitar desleixo no serviço. Logo que pudessem ser colocadas as bombas nas freguesias rurais, nas respetivas torres seriam colocadas as cordas.