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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Rodrigues, Guilherme Teodoro
1836-04-02
Por proposta do vereador Francisco Luís de Andrade, nomeou-se uma comissão para examinar o estado em que se acha a administração da iluminação da cidade, relatar os abusos que nela encontrarem e propor os melhoramentos de que a mesma administração lhes parecer suscetível. Esta comissão foi composta, por nomeação do Presidente, dos vereadores Guilherme Teodoro, Filipe José de Almeida e José Francisco Fernandes.
1836-07-04
Por ocasião da visita de D. Fernando, deliberou-se, e visto não dar lugar a mais, devido à brevidade do tempo, que se fizesse levantar um arco na Ribeira do melhor modo possível, responsabilizando-se por sua despesa todos os vereadores que a votaram, no caso não esperado que não fosse aprovada; e todos a votaram menos o vereador fiscal José Francisco Fernandes que foi de opinião que tal arco não fosse levantado, sendo o vereador Guilherme Teodoro da opinião que ele fosse levantado à custa de todos os vereadores individualmente. No fim da leitura da ata, o vereador fiscal declarou que ele não votara contra o levantamento do arco, mas sim que ele não fosse levantado à custa do Concelho nem à custa de sua pessoa individualmente, vindo portanto a ser seu voto que ele se levantasse de outra qualquer maneira, contanto que não fosse qualquer das sobreditas, e à custa de quem o tinha mandado exigir. E o vereador Guilherme Teodoro declarou que votara no sentido que fica escrito na ata, pela razão de ter sido o arco mandado principiar antes da deliberação da Câmara, sendo em tal estado das coisas sua opinião que ele fosse pago à custa dos vereadores, por não ser já possível "mandá-lo desfazer"; muito mais tendo-se anteriormente assentado entre todos os membros que era melhor nada fazer do que fazer um arco insignificante por falta de tempo, e na falta também de participação oficial direta acerca da vinda do príncipe a esta cidade, oferecendo-se, por tudo isto, a pagar a sua cota da importância do mesmo arco. E o Presidente declarou também que, em boa-fé e na persuasão que esta medida seria aprovada pela Câmara, ele tinha mandado começar o arco de acordo com o vereador Francisco Luís de Andrade; mas que, reunida a Câmara, lhe dera logo parte e tudo se oferecera a pagar à sua custa.