CEPESE CEPESE | CENTRO DE ESTUDOS DA POPULAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE

A Sociedade estabelecida para a subsistência dos Teatros Públicos da Corte – uma “companhia pombalina”

Duarte Gonçalves
2014
12 páginas

Este breve estudo incide sobre uma sociedade criada por iniciativa de homens de negócio, tendo como objetivo o financiamento e direção dos teatros públicos de Lisboa – teatros da Rua dos Condes, do Bairro Alto, da Graça e do Salitre. Procura-se identificar os acionistas desta sociedade, as suas motivações e os vários impactos da referida sociedade, que vigorou entre 1771 e 1775, reconhecendo-a como uma instituição “pombalina”. A ligação do futuro Marquês de Pombal a algumas famílias de comerciantes de grosso trato é um fator relevante, bem como a aspiração destes homens de negócio, acionistas de “companhias pombalinas”, a uma projeção social condicente com o seu estatuto económico, sendo decisivo o alargamento a este espaço de sociabilidade. Em termos de impacto artístico, o período sob análise correspondeu a um momento de intensa produção operática lisboeta protagonizado por estes mesmos teatros públicos, não obstante o possível fracasso financeiro que terá ditado o término do projeto.


Palavras-chave: Sociedade; teatro; Lisboa; Marquês do Pombal; homens de negócio