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Albarradas setecentistas da produção azulejar coimbrã e a influência da obra De Florum Cultura de Giovanni Battista Ferrari (1633)

Diana Gonçalves dos Santos
2011
14 páginas

Para além de gravuras ornamentais avulsas também séries gravadas, tratados ou livros ilustrados dedicados à temática floral serviram de matriz gráfica para as composições de vasos floridos que surgem como tema autónomo na azulejaria portuguesa em meados de Seiscentos, prolongando-se até à primeira metade de Setecentos. A par da produção de Lisboa, também as olarias de Coimbra elegeram as albarradas para as suas composições ornamentais setecentistas conhecendo-se um conjunto variado de tipologias para o mesmo motivo, facto que atesta a capacidade inventiva dos artífices da azulejaria coimbrã na criação de composições versáteis e eficazes no revestimento de superfícies murárias. Analisando as amostras do azulejo coimbrão, uma gravura incluída no tratado italiano seiscentista De Florum Cultura saído da pena do jesuíta Giovanni Battista Ferrari, vem completar o quadro de referências formais auxiliadoras no entendimento do motivo do vaso florido enquanto tipologia autónoma no azulejo.


Palavras-chave: albarradas; florilégio; azulejo; gravura; Coimbra