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Ourivesaria baiana colonial: os ourives e suas obras

Mercedes Rosa
2007
10 páginas

No Brasil Colonial, a ourivesaria e a prataria começaram à sombra de artífices vindos de Portugal. Suas origens traziam as bases estéticas de sua arte e os seus arraigados sistemas artesanais, pois, desde o século XII sabemos que a Metrópole trabalhava a prata.

As primeiras peças de prata, de que se tem conhecimento no Brasil, são as pedidas nas Cartas Avulsas dos Jesuítas (1550/1568). Em 1561, o primeiro Bispo, D. Pero Fernandes Sardinha, teve o cuidado de trazer “ornamentos, sinos, peças de prata e outras alfaias do Serviço da Igreja e todo o mais conveniente ao serviço do culto divino”. Ainda através das Cartas Avulsas dos Jesuítas sabemos que, por volta de 1568, um devoto ourives, chegado de Portugal, tomou o encargo de fazer para os Padres da Companhia dos Jesuítas, uma custódia coberta de jóias e cadeias de ouro, que os devotos quiseram oferecer “trabalho que parecia melhor que em alguns Mosteiros de Lisboa”.