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A Companhia dos Vinhos do Porto e Félix Pereira de Magalhães (1833-1853)

Fernando de Sousa
2005
10 páginas

A Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, também designada por Companhia do Alto Douro, Companhia dos Vinhos do Porto e, simplesmente, Companhia, sempre conhecida por Royal Oporto Wine Company, em Inglaterra, entre 1756 e 1852, ou seja, durante o tempo em que, numa primeira fase (1756-1834), se assumiu como uma companhia majestática, e numa segunda fase (1838-1852) desempenhou funções de disciplina e fiscalização económica que lhe foram cometidas pelo Estado, foi objecto de vários debates, de inúmeras críticas e posições de defesa assumidas por figuras públicas na imprensa, no Parlamento e mesmo no Governo.

A partir de 1820, políticos como Fernandes Tomás, José Ferreira Borges, Soares Franco, Borges Carneiro, António Girão, Morais Pessanha, José d a Silva Carvalho, Coelho de Magalhães, Almeida Garrett e Félix Pereira de Magalhães assumiram posições claras e apaixonadas a favor e contra a Companhia, no quadro mais amplo da discussão das doutrinas proteccionista e livre-cambista que dominaram o século XIX.

Deixando para outra oportunidade a análise crítica dos argumentos defendidos por estas personalidades, debruçar-nos-emos, agora, sobre Félix Pereira de Magalhães, as relações que manteve com a Companhia e as suas intervenções parlamentares, em 1842, em defesa daquela Instituição.