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Ilusão e engano na decoração do teto da nave da Capela de Ordem Terceira de São Francisco em Ouro Preto (1801): Manuel da Costa Ataíde

Magno Mello
2012
24 páginas

Este estudo concentra toda a sua atenção na pintura de falsa arquitetura na Capitania do Ouro entre os séculos XVIII e XIX, contemplando em especial atenção a decoração Barroca e Rococó. Estes espécimes variam desde a pintura em caixotões, a decoração parietal e pintura de falsa arquitetura em variadas formas: muros parapeitos; elementos arquitetónicos maciços; estruturas apoiadas em nuvens circulares e temas iconográficos desenvolvidos em rocalhas no centro do suporte. Em relação à decoração dos tetos é fundamental o conhecimento das técnicas de transposição e a relação com a tratadística coeva. Muitos pintores eram verdadeiros quadraturistas ou cenógrafos especializados na decoração do engano arquitetural. Outro ponto a salientar é a especialização dos trabalhos. Em Minas, como em todo o Brasil colonial, muitos decoradores eram apenas pintores de figuras ou de elementos decorativos, enquanto outros trabalhavam com mais precisão na confeção da estrutura arquitetónica pictórica. Assistimos no universo do Barroco e do Rococó em Minas Gerais uma atuação de pintores desde meados do século XVIII até o primeiro quartel do século XIX numa última expressão com a presença do pintor-decorador Manuel da Costa Ataíde.


Palavras-chave: Quadratura, Manuel da Costa Ataíde, tetos pintados, capitania do ouro, pintura colonial no Brasil