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A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


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Veiga, Rua
1855-06-18
Ofício do governador civil como Presidente do Conselho de Distrito em que este exigia certos esclarecimentos relativos ao orçamento do ano económico próximo futuro (quanto ao 3.º quesito que se respondesse com a remessa das plantas e orçamentos relativos às obras constantes do artigo 7.º declarando-se-lhe aonde era situada a obra da abertura da Rua do Veiga e dizendo-se-lhe que por tradição constava à Câmara ter assim sido denominada quando começou a ser aberta (pelo ano de 1824 pouco mais ou menos) talvez pela generosa cedência do proprietário dos terrenos assim chamado para o rasgamento da mesma rua como acontecia a respeito de outras nesta cidade, sem que contudo a Câmara fizesse questão de semelhante denominação; quanto ao 4.º quesito que se respondesse remetendo as louvações das expropriações que tem quantias certas e determinadas, e declarando que quanto ao que resta para complemento da quantia de 6:514$484 que esse resto seria aplicado para as expropriações cujos processos se achavam instaurados e que findos eles seria aplicado para as expropriações mais vantajosas e de mais reclamada necessidade pública).
¶ Ofício do governador civil de 16 deste mês dando parte de haver dado conhecimento ao Governo da representação desta Câmara de 6 do corrente sobre o estabelecimento de Hospital provisório no caso de invasão da cólera, em consequência do que baixara a portaria de 12 deste mês, de que remetia cópia para ser presente à Câmara com a urgência que as circunstâncias reclamavam.
¶ O vereador Navarro propôs que se dirigisse uma representação à Câmara dos deputados a pedir que votassem no orçamento do estado os meios necessários para a continuação da estrada de Coimbra ao Porto pelo sistema de macadame, não obstante o projeto da obra de um caminho de ferro denominado do norte.
1855-12-07
Necessidade de se concluir a transação amigável que se havia feito com Manuel Guedes da Silva Fonseca sobre a expropriação de parte de sua casa da Rua da Alfândega, que já se acha demolida para alargamento da referida rua.
¶ O Presidente propôs um orçamento suplementar da receita e despesa do corrente ano económico de 1855 a 1856 na importância de 17:798$750 réis (para a obra do Cais da Ribeira – 200$000 réis, para conclusão da Rua da Restauração junto ao Hospital 236$000, para conclusão das ruas de Entre quintas e Vilar desde a esquina da Viela de Entre Quintas até à barreira de Vilar pelo sistema de Macadame 400$000, para conclusão da Rua 29 de Setembro e Padrão até à ponte de Campanhã 1:300$000, para a obra da Rua Fernandes Tomás macadamizada 1:350$000, para a obra da Rua de Almeida Garrett, despesas com a abertura, corte e vedação de terrenos para alinhamento da mesma 667$840 réis, para a obra do aqueduto da Rua das Flores 119$800 réis; despesas extraordinárias: ditas por ocasião da epidemia da cólera incluindo a fatura do novo Cemitério 3:668$167 réis, importe de foros 168$000, idem para conserto de lampiões 100$000, idem para a abertura da Rua do Veiga 750$000, idem para indemnização de terrenos na Cordoaria 600$000, parte da verba votada no do orçamento para expropriações que ainda não foi gasta 5:547$214 réis, por transferência de parte da verba votada no plano da 3.ª série do empréstimo para as ruas do Bonjardim, Campo da Regeneração e Rua da Rainha até à Rua 27 de Janeiro 700$000, idem da verba votada no plano da 3.ª série do empréstimo para a Rua de Cedofeita 1:815$000, produto do terreno vendido à Ordem da Santíssima Trindade na Rua de Liceiras 455$000 idem de terreno vendido a Joaquim Ferreira Monteiro Guimarães no mesmo local 533$750, idem de terreno vendido a João da Rocha na Rua da Restauração 300$000, recebido de José de Amorim Braga e outros pela faculdade de servidão do aqueduto de Paranhos para passagem de água em virtude da escritura de 29 de novembro do corrente ano 460$000, produto de seis penas de água recebidas dos mesmos em virtude da dita escritura, as quais a Câmara resolveu vender a 550$000 cada uma 3:300$000 réis, a receber de António José Monteiro Guimarães pela faculdade de conduzir a água pelo aqueduto da Rua da Restauração em cano de chumbo 100$000, idem da Companhia Portuense de Iluminação a Gás por donativo para a obra da Rua das Flores 100$000.