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Edição da obra Félix Pereira de Magalhães (1794-1878)

Félix Pereira de Magalhães, nascido em Chaves (1794), formado em Leis na Universidade de Coimbra (1822), cedo aderiu ao ideário liberal firmado na Revolução do Porto de 24 de agosto de 1820, tornando-se num entusiástico e ativo defensor do novo regime.

Com a chegada de D. Miguel I ao trono, foi obrigado a exilar-se em França, regressando a Portugal integrado no Exército Libertador comandado por D. Pedro. Com o triunfo definitivo do Liberalismo, depois de servir como secretário da Companhia do Alto Douro e da Prefeitura dos Açores, foi quase tudo o que um político do seu tempo podia ser – senador (1838-1842), deputado (1842-1845), par do Reino (1845-1870) e ministro (1849-1851). Homem de confiança de Costa Cabral, deixou em cada um dos palcos que ocupou um conjunto de intervenções brilhantes que refletiam um espírito sagaz e atento ao seu País. Paralelamente, exerceu advocacia e foi chamado a ocupar importantes cargos de natureza pública, na Comissão Administrativa da Misericórdia de Lisboa e Hospital de São José (1841-1846), na Companhia dos Canais da Azambuja (1844-1859), na Caixa Económica de Lisboa (1845-1846) e no Banco de Portugal (1846-1849), de que foi o primeiro presidente.

Tendo em conta este invulgar percurso de vida, o presente trabalho, da autoria de Fernando de Sousa, Ricardo Rocha, Isilda Monteiro e Paulo Amorim, investigadores do CEPESE, apresenta a biografia de Félix Pereira de Magalhães nas suas várias dimensões, procurando descrever a sua carreira, explanar o seu pensamento, compreender a sua lógica e argumentação, fornecendo um retrato rigoroso de um dos mais ativos intervenientes do Liberalismo português oitocentista, tendo como pano de fundo o tempo em que viveu e no qual deixou uma marca singular e indelével. Um homem que, oriundo de uma família trasmontana da pequena burguesia urbana, com inegável talento e persistência, foi capaz de triunfar e impor-se política, social e economicamente na capital do Reino, sem nunca perder o seu bom nome e a sua identidade.

Por força do atual estado de emergência que o País atravessa, a sessão de lançamento do livro, editado pela Fundação Eng. António de Almeida, será adiada para data oportuna, após o regresso à normalidade que todos desejamos que se verifique o mais rapidamente possível.

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